Atenção! A história a seguir é recomendada para maiores de 16 anos. Contém temas sugestivos, linguagem inapropriada, nudez e violência.
Gerard estava sentado em uma
poltrona muito chique, dentro de um salão imenso com cápsulas de vidro ao fundo.
O local era repleto de telões. Assim era
possível observar o que acontecia no shopping inteiro. Ao lado de sua poltrona,
havia um pedestal e nele, uma espécie de taça. A base dela era exatamente o
objeto encontrado na biblioteca da escola por Chad.
— Então temos uma vitória e um
empate até agora... Está fluindo tudo mais rápido do que planejei... Veremos
como se sairão os garotos... Me pergunto se algum deles vai sequer conseguir
chegar no local onde me encontro... Com certeza virão atrás do artefato!
No subsolo...
Max ainda não havia percebido nada de estranho e continuava
procurando uma saída. Ele estava preocupado com os outros três e a última coisa
que se lembrava era de uma forte pancada que ele levou ao tentar ajudar Karen e
Luke. Ele então para ao notar que alguém estava ali e ouve uma voz familiar.
— Max Cavallini...
— Tony! Onde estão
os outros?
— Aqueles seus novos amigos? Provavelmente já estão todos
mortos...
— Não diga besteiras! Eu preciso sair daqui imediatamente
para vê-los!
— Que impertinente... Agora que você me encontrou, teremos
uma batalha pra decidir quem será o herdeiro alfa da água, esqueceu?
— Batalha... Pra decidir herdeiro da água? Ah, é mesmo! Já
tinha até me esquecido disso.
— Idiota como sempre... — Tony coloca a mão no rosto e
balança a cabeça — Não consigo entender como conseguia aquelas notas até
razoáveis.
— Não consigo entender o motivo dessa sua obsessão por
notas e em ser melhor que os outros. Isso é importante?
— Você sabe muito bem! Aqueles anos em que você esteve no
Yamada... Um garoto novo e que não era de fazer muitos amigos. Se aproximou até
daquele tal de Phi... — é interrompido.
— Não ouse citar esse nome agora e da forma que bem
entender! — responde Max com um olhar sério que não era normal de ser visto.
— Estou ficando empolgado. Quer dizer que te lembrar do seu
passado no Yamada te deixa dessa forma?
— Acho melhor não tocarmos nesse assunto, certo?
— E quem disse que você dá alguma ordem aqui? Eu sempre observava.
No começo, você não tinha amigos e logo após a chegada dele...
Max atinge Tony com um forte jato de água. Tony coloca as
mãos no chão e faz água negra atacar Max por baixo. O poder negativo dessa água
fazia com que quem fosse atingido sentisse muita dor.
— A verdade é que me irritava ver vocês dois juntos... E as
notas? Sempre tentando me alcançar no rank! Até que naquela vez... Você tirou
uma nota maior do que a minha!
“ Max estava usando o uniforme azul do colégio
Yamada e todos olhavam os ranks no mural. Havia um outro garoto do seu lado,
porém não era possível ver seu rosto... Ele comenta:
— Oh... Você tirou a
maior nota... Olha lá!
— Eu? Como assim?
Isso só pode ser brincadeira.
Max realmente estava
em primeiro lugar. Tony observava aquilo e estava surpreso. As pessoas ao seu
redor comentavam sobre o fato de Max ter
passado o gênio do colégio. O seu ego estava ferido e desde aquele dia, ele
começou a desejar se vingar por isso. Estudava muito mais, observava Max todos
os dias e tentava entender o que ele tinha pra ter sido melhor que ele. Tony
não conseguia admitir isso. Nos testes
seguintes, ficou em primeiro. Max vai até o garoto e o parabeniza. Mesmo assim,
o sentimento de vingança ainda não havia passado. Ao olhar a outra pessoa que
estava com Max, ele também sentia-se irritado. É como se os dois no fundo
tivessem o mesmo objetivo e só Max não percebesse. “
— Você sabe que só tirei nota maior que a sua uma vez.
Porque essa preocupação toda com isso?
— Ninguém nunca tirou nota maior que a minha... Mas me
juntei ao Dark4 quando soube que teria uma chance de vê-lo e mostrar que eu sou
superior! E essa é a hora. O momento que você irá morrer!
Tony faz gestos com as mãos e uma esfera de água prende o
rosto de Max. O garoto fica sem respiração. Ele então consegue quebrar a esfera
e joga algumas em Tony, que desvia facilmente.
— Ainda continua com esses ataques ridículos? Acho que está
na hora de te mostrar o que um verdadeiro herdeiro alfa deve usar.
Tony se concentra e toda a água do local começa a
escurecer. Ele agora tinha total domínio sobre ela. Max percebe isso, mas já
era tarde demais. Várias ondas surgem no local e ele é jogado para dentro da
auto-escola. Tony vai atrás e o golpeia dentro da água. Max tenta se defender,
mas não conseguia enxergar muita coisa dentro da água negra. Ele consegue se
levantar e é atingido por uma bola de canhão feita dessa água.
— Está vendo só? Enquanto você mal sabe controlar seus
poderes, eu tenho habilidades de criação. Se eu mudar a água do ambiente, posso
usá-la para criar o que eu quiser. A minha genialidade também me permite pensar
nessas coisas.
— Isso é realmente impressionante... Aliás... — É interrompido.
— Claro que é! Esperava menos de alguém superior a você?
Está na hora de te fazer pagar por ter me tirado do topo uma vez!
Tony faz o nível de água aumentar incrivelmente e a
auto-escola fica completamente submersa. Max não conseguia ver nada e se
esforçava o máximo que podia. Ele nem tinha testado suas técnicas, mas no
momento estava preocupado em conseguir ver alguma coisa. Tony cria uma arma de
arpões feita de água e atinge a perna do garoto. Max cai e sente muita dor. Sua
perna estava sangrando. Ele percebe que os ataques de Tony, mesmo que feitos de
água, tinham efeitos reais do que ele havia criado.
— E agora? Esse cara realmente é incrível! Não consegui nem
me movimentar direito ainda. Mas não posso desistir! Preciso lutar pela vida de
todos nós! Meu avô está confiando em mim também!
O nivel de água volta ao normal. Tony se aproxima de Max e
de repente recebe um chute e cai. Não era um simples golpe. Era um chute envolto
por uma camada de água.
— O que diabos é isso?
— É uma das técnicas do estilo de luta Mizu no Ryuu!
— Dragão de Água? Nunca ouvi falar nisso! Mas pouco me
importa! Se é luta que você quer, não vou me conter.
Tony cria luvas de boxe e parte pra cima de Max com vários
golpes. O garoto consegue desviar de alguns. Tony repetia os mesmos ataques
incansavelmente. Max é nocauteado e desmaia.
— Que patético! Então quer dizer que isso era tudo o que
você tinha? Não passa de um mero lixo! Não é a toa que aquele seu ‘amiguinho’
nem está aqui do seu lado agora!
Max acorda e se levanta rapidamente, para a surpresa de
Tony.
— Mas o quê?
— Você realmente é muito apressado! Não deixou nem eu usar
minhas novas técnicas, Tony!
— Não era aquele chute?
—Eu tentei te dizer antes, mas a minha técnica é baseada na
criação também. O estilo de luta Mizu no Ryuu trata exatamente disso.
— Impossível! Só eu domino essa habilidade!
Max corre em volta de Tony e de repente um grande círculo
de água surge em volta do inimigo e sobe até o teto. Tony vê Max se aproximar e
o ataca. Para sua surpresa era apenas um mero reflexo. O verdadeiro Max entra
no círculo e o ataca com um golpe no ombro. Tony cai, pois estava sentindo dor.
Ele não conseguia acreditar no que estava acontecendo.
— Como aprendeu isso? Há menos de uma semana atrás você mal
sabia fazer algo além de jogar água e pronto!
— Meu fantástico avô é quem me ensinou. Ele não é um velho
maluco como você havia citado aquele outro dia, lembra?
— Claro... Lembro...
Uma flecha de água negra é disparada sem que Max perceba.
Tony a controlava com sua mente. De repente, o círculo de água é destruído e
Max cai no chão.Ele havia sido atingido. Tony sorri e diz:
— Agora sim! Te derrotei! Essa é a prova que você nunca foi
melhor do que eu, Max Cavallini. Confesso que eu tinha uma certa inveja de
você, por esse seu jeito que me irrita só de imaginar. Eu estava invejando algo
tão inferior. E agora, foi derrotado por descuido. Como é fraco! É por isso que
te aconteceu o que aconteceu...
De repente, Tony é atingido por um forte jato d’água na
forma de um dragão.
— Acho que não. Melhor nem sempre é aquele quem tira as
maiores notas. Nem sempre é aquele que se acha superior aos outros. Esses são
os fracos que precisam esconder seus medos por trás de uma figura de
superioridade e genialidade. Esse é você, Tony!
Tony estava de
joelhos e sem seus óculos. Era possível observar o seu olhar de espanto e o
garoto mal conseguia se mover.
— A verdade é que eu tinha inveja daquele outro porque eu
só queria...Só queria... Um amigo.
— Mas tinha medo de fazer um, não é? Pois saiba que eu
sempre estive disposto a ser seu amigo.
— Eu perdi tudo. Acabei de perder uma batalha, perdi a
minha honra, perdi pra você... Mais uma vez, ou melhor, como sempre...
Dito isso, Tony cai desmaiado. Max se aproxima e sorri.
— Bobo. Nós não escondemos fraquezas por trás de
superioridade e sim lutamos pra vencê-las! Espero que tenha aprendido e conte
comigo, posso ser seu amigo.
Max então deixa a auto-escola e encontra as escadas. Ele
sobe com um pouco de dificuldade. Enquanto isso, Luke estava cara a cara com
Sato. Eles estavam em uma loja de esportes. Os dois se encaravam há alguns
minutos e estavam prestes a lutar.
— Dessa luta, só um de nós poderá sair vivo! —diz Sato.
Os dois então partem pra cima do outro com socos repletos
de chamas.
Próximo: Capítulo 26 – Fogo e Ambição
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